sábado, 7 de maio de 2011

O que é um Coordenador?

Autor: Adaptado por Vera Lucy Dishtchekenian
Quando: 2009
O que é um Coordenador?
Uma criatura indefinida pelos psicólogos, mal compreendida pelos coordenadors gerais de acampamentos, adorada pelos acampadores, admirada ou duvidada pelos pais e desconhecida pelo resto da sociedade. O coordenador é uma combinação de médico, advogado, embaixador, índio e chefe. Um mal pago baby sitter sem televisão ou geladeira e apenas um telefone público. Ele é um educador rígido com piscar de olhos, o ministro de todas as fés com dúvidas sobre a sua própria. Ele é juiz, cozinheiro, técnico, professor e conselheiro. Ele é o humorista nas crises, o médico nas emergências, o líder musical a entreter e se faz de diretor para abrilhantar o dia das criaças. Ele é sempre uma mão para remendar um jeans rasgado, uma amizade quebrada, narizes sangrando e cadarços arrebentados. Nos seus talentos inclui-se arrumar alças e malas, tocar violão, fazer mochila de jeans, achar gnomo e pegar peixes. Sempre um guia amigo para o banheiro numa fria e molhada noite. Dele é esperado que repare 10 anos de estrago de Juliana em 5 dias, transformar Paulo em um homem, reabilitar Beatriz, permitir a Érica ser um indivíduo, ajudar Alexandre a se ajustar e dar à Ana a chance de ser líder. É esperado que ele ensine a se viver ao ar livre... mesmo que ele passe 9 meses do ano em cidades grandes; que seja o professor da natureza e guia da floresta enquanto se ajoelha em erva venenosa...; que ensine atividades engenhosas mesmo sem conseguir dizer o nome...; que ajude a fazer tudo e qualquer coisa em artes mesmo que praticamente viva nas lojas do shopping...; que assegure saúde e segurança com seu nariz queimado de sol, band-aid no dedão, picadas de abelha na barriga e bolhas nas suas cicatrizes... Por tudo isso, ele não é pago osuficiente para um vidro de aspirina, gasolina para a viagem de volta para casa, um par de meias novas, um presente para o amigo secreto ou um novo par de tênis. Você deve perguntar como ele aguenta o passo e a pressão. Você deve se perguntar o quanto ele realmente vale. e você vai perceber que ele nunca será pago o suficiente quando, enquanto ele estiver saindo no final do acampamento, ele acenar tchau e disser "Te vejo no próximo acampamento".
Este boletim foi adaptado por Vera Lucy Dishtchekenian de um texto publicado na Revista Sempre Alerta, n.96, edição de maio/junho de 1962, que foi traduzido por J.G. Cavaco de uma revista sueca.
   

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